São Paulo é o segundo do ranking com melhor rendimento médio por pessoa acima da média nacional

São Paulo é a segunda entidade federativa do país com o melhor rendimento médio domiciliar por pessoa em 2024. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta sexta-feira, 28. De acordo com os dados, o Distrito Federal e nove estados apresentaram o rendimento médio domiciliar por pessoa acima da média do Brasil, que ficou em R$ 2.069. No ranking, o Distrito Federal lidera com R$ 3.444, 66% acima do rendimento médio nacional, seguido de São Paulo com R$ 2.662.

Já os outros estados que também tiveram rendimento acima da média foram: Rio Grande do Sul (R$ 2.608), Santa Catarina (R$ 2.601), Rio de Janeiro (R$ 2.490), Paraná (R$ 2.482), Mato Grosso (R$ 2.276), Mato Grosso do Sul (R$ 2.169), Espírito Santo (R$ 2.111) e Goiás (R$ 2.098). O estado com menor rendimento domiciliar por pessoa é o Maranhão (R$ 1.077). A diferença entre o Distrito Federal e o Maranhão supera três vezes (3,19).

A renda per capita dos brasileiros chegou a R$ 2.069 no ano passado, uma alta de 9,3% na comparação com 2023, quando esteve em R$ 1.893. O valor considera rendimentos do trabalho e de outras fontes, como aposentadoria, auxílios do governo e até mesmo aluguel.

O rendimento domiciliar per capita (por cabeça) é a relação entre o total dos rendimentos domiciliares e o total dos moradores. Nesse cálculo são considerados os rendimentos de trabalho e de outras fontes, como aposentadorias e benefícios do governo. Todos os moradores são considerados no cálculo.

As dez unidades da federação (UF) que ficaram acima da média em 2024 são localizadas nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Na comparação com 2023, Minas Gerais deixou de ficar acima da média.

A divulgação do rendimento per capita atende à Lei Complementar 143/2013, que estabelece os critérios de rateio do Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal (FPE). Os dados são repassados ao Tribunal de Contas da União (TCU).

As informações são coletadas ao longo do ano pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua).

O IBGE enfatizou que a divulgação desta sexta-feira é “uma fotografia do ano de 2024” apenas para subsidiar o cálculo do FPE – transferência de recursos federais para os estados e o DF.

As divulgações anuais são sempre com valores nominais, ou seja, sem o efeito da inflação. Dessa forma, segundo o instituto, não é feita comparação entre os anos.

“A publicação não tem por objetivo analisar a evolução histórica do rendimento per capita no país”, afirma o técnico do IBGE Gustavo Geaquinto Fontes.

“Como os dados estão a preços do respectivo ano, não é adequado o cálculo de taxas de crescimento anual do rendimento, assim como fazer comparações sobre mínimo ou máximo da série histórica”, complementa.

A série histórica completa de rendimento da PNAD Contínua – com valores corrigidos que permitem comparações anuais – será divulgada em maio.

Otimismo

Como uma forma de ser uma fonte de renda a mais e de aumentar a renda per capita domiciliar, o microempreendedorismo tem crescido no Brasil. Para 2025, uma pesquisa de Sondagem Econômica do MEI, realizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e pela Fundação Getulio Vargas (FGV), revelou que metade dos microempreendedores individuais espera que o cenário da economia brasileiro seja favorável a seus negócios neste ano. A pesquisa indica que 50% estão otimistas com o desempenho de seus negócios neste ano, que deverá ser melhor que o de 2024.

As regiões que concentram o maior número de microempresários otimistas são o Norte e o Centro-Oeste do país, com 47,8% dos consultados. Em seguida, vêm os nordestinos, com 44,9%. Já o Sudeste, com 37,6%, e o Sul, com 35,4%, são as regiões menos otimistas.

Por campo de atividade, os microempresários da área de comércio estão na ponta da pesquisa, com uma perspectiva positiva de 53,4% para este ano. A indústria registrou índice de 49,6%, e o setor de serviços ficou um pouco abaixo, com 48,7%.

Estão também no Norte e Centro-Oeste os MEIs mais esperançosos de bons resultados para seus próprios negócios: 56,9%. Depois vêm os microempresários do Nordeste (53,3%), do Sudeste (48,5) e do Sul (47,9%).

Segundo o presidente do Sebrae, Décio Lima, a pesquisa endossa a correção das iniciativas econômicas adotadas pelo governo federal.

“Os pequenos negócios representam o segmento que mais gerou empregos em 2024 e o que mais abriu empresas, com mais de 4 milhões de novos empreendimentos. Esses empreendedores são aqueles que nunca desistem, que acordam de manhã e buscam criar oportunidades, gerando emprego e renda. Estamos devolvendo o otimismo ao brasileiro, que voltou a comprar, colocando a economia em movimento”, disse Lima.

Ainda sobre a pesquisa do Sebrae e FGV, pouco mais de 15% dos microempreendedores entrevistados acreditam que o resultado de 2025 será igual ao do ano passado e apenas 13,8% estão pessimistas.

De acordo com o Sebrae, o Brasil conta com aproximadamente 11 milhões de MEIs com registro ativo, dos quais, 90% estão em atividade. O modelo do MEI é a categoria mais popular hoje de formalização legal dos pequenos empreendedores brasileiros.