São Paulo é o estado brasileiro com mais casos de crimes cibernéticos

Cerca de 24% dos brasileiros afirmam que perderam dinheiro com algum crime cibernético nos últimos 12 meses, é o que aponta uma pesquisa do DataSenado em parceria com a Nexus – Pesquisa e Inteligência de Dados da FSB Holding. a pesquisa apontou ainda ue dos estados do país, São Paulo é o que se destaca com a maior quantidade de casos, com quase 30%.
De acordo com os dados, a pesquisa considerou crimes cibernéticos: casos de clonagem de cartão, fraude na internet ou invasão de conta bancária. Em relação ao perfil das vítimas deste tipo de golpe, não há um perfil específico, mas pessoas com maior tempo de exposição na internet estão mais propensos a serem enganados.
Pensando no tempo de exposição a internet, a maior incidência de golpes cibernéticos está entre pessoas de 16 a 29 anos de idade, com 27% dos casos. Já o grupo de pessoas mais idosas, com 60 anos ou mais, apresenta taxa de 16% entre as vítimas desse tipo de crime.
A taxa menor de vítimas idosas pode estar relacionada ao medo que pessoas nesta faixa etária sentem ao comprar ou contratar um serviço pela internet. Uma pesquisa do Procon-SP apontou que pessoas com mais de 60 anos não se sentem seguras e têm dificuldades para resolver questões relacionadas a empréstimos consignados contratados sem solicitação e compra de produto ou serviço ofertado pelas redes sociais e internet. Apesar da insegurança e medo, idosos não estão blindados dos golpes cibernéticos e ainda tem uma porcentagem no total de vítimas neste tipo de crime.
Com São Paulo liderando o ranking dos estados brasileiros com maior quantidade de casos de golpes cibernéticos, a lista dos outros estados com maiores casos ficam nesta ordem: Mato Grosso (28%), Roraima (27%), Distrito Federal (27%), Espírito Santo (26%), Rio Grande do Sul (26%), Amazonas (25%), Pará (25%), Rio Grande do Norte (25%), Minas Gerais (25%), Amapá (23%), Bahia (23%), Rio de Janeiro (23%), Paraná (23%), Mato Grosso do Sul (23%), Paraíba (22%), Pernambuco (22%), Santa Catarina (22%), Goiás (22%), Rondônia (21%), Maranhão (21%), Tocantins (20%), Alagoas (20%), Acre (19%), Sergipe (19%), Piauí (18%) e Ceará (17%).
Em agosto, o Comitê de Cibercrime da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou uma proposta que prevê reforçar o enfrentamento a crimes cibernéticos. De acordo com o texto aprovado, a ONU propõe que se crie um canal global de pedidos de assistência mútua entre os países.
O novo instrumento deverá servir também como base normativa aos países que não têm legislação nacional. O texto aprovado alerta que as nações estão preocupadas com a utilização de sistemas de tecnologias de informação e comunicação pelos criminosos e que isso impacta na rapidez de práticas de crimes como: organizado transnacional, terrorismo, contrabando de migrantes, produção ilícita armas de fogo, peças e munições e tráfico de pessoas, de drogas e de bens culturais.
A proposta de convenção contra crimes cibernéticos inclui recursos para “aprimorar a cooperação internacional, os esforços de aplicação da lei, a assistência técnica e a capacitação” para o enfrentamento dos delitos.