A escassez de mão de obra qualificada deverá persistir e acelerar em alguma medida a modularização e a industrialização da construção, que precisa trabalhar o aumento de sua produtividade, de acordo com o vice-presidente de Economia do SindusCon-SP, Eduardo Zaidan. A afirmação foi dada durante a Reunião de Conjuntura, que aconteceu na última quarta-feira, 03, com a presença do presidente do SindusCon-SP, Yorki Estefan.
Zaidan informou que outro ponto de atenção, o andamento da reforma tributária, está sendo acompanhado de perto pelo Grupo de Trabalho do SindusCon-SP sobre a questão, coordenado pelo vice-presidente de Imobiliário, Odair Senra. Segundo Zaidan, as primeiras indicações são de que a reforma deverá afetar de maneira diferenciada os diversos segmentos da construção a partir de 2027.
Para a região, o diretor da Regional Campinas do SindusCon-SP, Marcio Benvenutti, afirmou que o problema de falta de profissionais qualificados para o setor da construção na região, tem ocorrido de forma mais intensa nos últimos dois anos. “Interrompidos no período da pandemia da Covid-19, retomamos os cursos de qualificação em parceria com o Senai, para a formação de Mestre de Obra e também cursos para Pedreiro, Carpinteiro e Eletricista”.
Benvenutti frisou que um dos grandes desafios do setor é a qualificação constante de profissionais. No caso de Mestre de Obra, atualmente se espera que esse profissional tenha o conhecimento de plantas e processos das obras, bem como o domínio no uso de ferramentas, como o tablet.
Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos da Construção do FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas), alertou que há risco de a reforma tributária elevar a carga de impostos da construção e que não resolverá de imediato a necessidade de estimular a industrialização do setor. Robson Gonçalves, professor da FGV, considerou que a regulamentação da reforma tributária e a busca de aumento da produtividade são questões muito relevantes no presente.