O Estado de São Paulo confirmou dois casos importados de sarampo neste mês de outubro. Os casos foram registrados na capital paulista sendo uma mulher de 35 e um homem de 37 anos, que registraram viagem recente ao exterior. Apesar dos casos terem sido registrados na cidade de São Paulo, o governo estadual emitiu um alerta para a doença e reforçou a importância da vacinação em todas as regiões do estado.
Nesta semana, o Centro de Vigilância Epidemiológico (CVE) emitiu o alerta para a doença. “O sarampo é uma doença viral, altamente transmissível, que pode ter uma apresentação grave e até levar à morte. A transmissão ocorre pela tosse, fala, espirro ou pela aspersão de gotículas de saliva de uma pessoa doente. A vacinação é a maneira mais efetiva de evitar a infecção”, explicou a diretora do CVE, Tatiana Lang.
Como uma das medidas de prevenção, a Secretaria Estadual de Saúde emitiu um alerta aos profissionais de saúde para atenção aos casos de febre com manchas pelo corpo, para verificarem se são suspeitas de sarampo e, se necessário, implementação oportuna das medidas de controle, além de recomendar a vacinação contra o sarampo, além de buscas ativas de casos.
A detecção do vírus em qualquer lugar do Estado alerta a população sobre o risco de transmissão local e de disseminação para novas áreas. “Ao viajante que retorna, deve manter a atenção ao aparecimento de sintomas em até 21 dias. Caso apresente febre e vermelhidão na pele, evite o contato com outras pessoas, até ser avaliado por um profissional da saúde”, informou a diretora.
Vale lembrar que na rotina dos serviços de saúde, todas as pessoas de 12 meses a 59 anos de idade têm indicação para serem vacinadas contra o sarampo. Adolescentes e adultos não vacinados ou com esquema incompleto devem iniciar ou completar o esquema vacinal de acordo com a situação encontrada. “Se você tem duas doses da vacina com um mês de intervalo entre elas, está tudo certo. Caso não, faça atualização do seu esquema vacinal”, orienta a Secretaria de Saúde.
O Brasil está próximo de retomar o status de País livre do sarampo, após mais de dois anos sem registro de casos transmitidos localmente. Os últimos casos autóctones foram registrados no Amapá, em junho de 2022. Mas, para retomar o status de país livre do sarampo, é preciso que o país tenha uma cobertura vacinal de 95%. Atualmente, o sarampo é uma das principais responsáveis pela mortalidade infantil em países do Terceiro Mundo. No Brasil, graças às sucessivas campanhas de vacinação e programas de vigilância epidemiológica, a mortalidade não chega a 0,5%.
Podendo levar a morte, o sarampo é uma doença infecto-contagiosa causada por um vírus chamado Morbillivirus. Os principais sintomas da doença são: manchas vermelhas pelo corpo, febre alta, tosse seca, irritação nos olhos (conjuntivite) e nariz escorrendo ou entupido.
Outras vacinações
Além de reforçar a importância da vacinação contra o sarampo, a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo também lançou a campanha “VARcina”, uma iniciativa que tem como objetivo incentivar a população a manter a caderneta de vacinação atualizada e esclarecer as dúvidas mais frequentes sobre vacinas.
A ação busca promover a prevenção individual e coletiva de doenças, além de reduzir a disseminação de agentes infecciosos em crianças e adultos. A atualização da caderneta vacinal é essencial para proteger aqueles que não podem ser vacinados, como pessoas com sistemas imunológicos comprometidos e alérgicos aos componentes. A imunização também desempenha um papel fundamental na prevenção de surtos e epidemias de doenças evitáveis.
A campanha ressalta que é importante manter a caderneta vacinal das crianças atualizada já que durante a infância a contaminação por doenças pode ser ainda mais grave. Como nos casos de coqueluche e poliomielite, que são altamente contagiosos e perigosos, e podem ser evitados por meio da imunização.
No calendário básico de vacinação da criança também estão previstas as imunizações contra doenças como hepatite B, difteria, tétano, meningite, pneumonia, febre-amarela, sarampo, caxumba, rubéola, entre outras. Todas são fornecidas gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Além de monitorar a situação vacinal, é pela caderneta da criança que se pode acompanhar a saúde, o crescimento e o desenvolvimento físico e mental durante a infância, e serve como um registro de saúde para os pequenos desde o nascimento até os 9 anos.