O PIB (Produto Interno Bruto) da construção teve um crescimento de 3,5% no segundo trimestre de 2024 se comparado ao primeiro trimestre, que havia registrado queda de 0,5%. Os dados são do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Se comparado com o segundo trimestre do ano passado, o crescimento do PIB é ainda maior, de 4,4%.
Para o SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo), o crescimento da construção neste segundo semestre está relacionado ao aumento da atividade e do emprego no setor. “Praticamente todos os segmentos da construção tiveram mais atividade. A maior geração de emprego no país também favoreceu o consumo de insumos do setor”, comentou o vice-presidente de Economia do SindusCon-SP, Eduardo Zaidan.
No acumulado de quatro trimestres até junho, comparado ao acumulado dos quatro trimestres imediatamente anteriores, o PIB da construção registrou ligeiro aumento, de 0,6%.
O setor da construção equivale a 4% do PIB brasileiro, sendo que só a construção paulista representa 27,6% da construção brasileira.
O PIB das atividades imobiliárias teve um aumento de 0,9% no segundo trimestre de 2024, comparado ao primeiro. Em relação ao segundo trimestre do ano passado, o aumento foi de 3,7%.
A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) também teve um crescimento de 2,1% no segundo semestre de 2024 em relação ao primeiro. Na comparação com o segundo trimestre de 2023, houve crescimento de 5,7%, atribuído pelo IBGE ao aumento da produção doméstica e importação de bens de capital, além dos bons desempenhos da construção e do desenvolvimento de sistemas de informática.
Já no acumulado de quatro trimestres até junho, comparado ao acumulado dos quatro trimestres imediatamente anteriores, a FBCF caiu 0,5%. “É a quarta queda consecutiva, uma sinalização preocupante”, avalia Zaidan.
Já a taxa de investimento no segundo trimestre foi de 16,8% do PIB, ante os 16,9% registrados no primeiro. “Seguimos distantes de uma taxa que leve a um crescimento sustentado da economia.”
Além do crescimento do PIB da construção, o Custo Unitário Básico (CUB) global da construção do Estado de São Paulo registrou uma variação positiva de 0,35% neste mês de agosto. No acumulado comparativo em 12 meses, a variação positiva foi de 3,08%, enquanto que o acumulado de 2024 teve variação positiva de 3,06%.
Os dados em relação ao CUB são do SindusCon-SP e da FGV (Fundação Getúlio Vargas), sendo que o CUB é o índice que reflete a variação dos custos das construtoras, de uso obrigatório nos registros de incorporação dos empreendimentos imobiliários e um importante termômetro na variação dos custos de mão de obra e serviços.
Em agosto, as variações dos custos administrativos (salário dos engenheiros) foram +0,27% no mês; +2,96% em 2024 e; +3,17% na variação em 12 meses. Com a mão de obra, a variação no período foi de +0,25%. Na comparação em 12 meses, a variação foi positiva em +3,80% em agosto. Em 2024, a variação positiva foi de +3,74%. Com os custos dos materiais, as variações foram positivas em 0,50% no mês e +2,09% na comparação com os últimos 12 meses. Em 2024, a variação foi de +2,14%.
O CUB representativo da construção paulista (R8-N) ficou em R$ 2.017,89 por metro quadrado em agosto.
Nas obras incluídas na desoneração da folha de pagamentos, o CUB registrou variação positiva de +0,36% em agosto. A variação em 12 meses foi positiva em +3,02% no oitavo mês de 2024. No ano, a variação do índice foi de +3,00%.
O custo médio da construção paulista (R8-N) subiu para R$ 1.881,33 por metro quadrado em agosto.
