Pesquisa apresenta preocupação da indústria com eficiência energética

Uma pesquisa da Regional Campinas do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São) apontou as principais ações da indústria regional para uma maior eficiência energética nas suas atividades. Apresentada na última terça-feira, 30, a pesquisa de Sondagem Industrial de maio apontou que, respectivamente, para 20% e 30% das associadas, é ‘fundamental’ e ‘importante’, contar com operadoras de energia elétrica capazes de atender de imediato o aumento de consumo da indústria.

Na questão de múltiplas respostas, em relação a busca por uma maior eficiência energética, as associadas enumeraram suas principais ações – investimentos em equipamentos modernos/eficientes (para 40% delas); realizam manutenção preventiva (18%); monitoram o consumo de energia (30%); utilizam iluminação natural (10%) e não tem nenhuma ação (2%). Nenhuma afirmou automatizar a iluminação.

O diretor do Ciesp-Campinas, José Henrique Toledo Corrêa, afirmou que o tema eficiência energética na Pesquisa de Sondagem surgiu das próprias associadas. “O aumento da demanda por energia elétrica nos últimos anos, traz preocupação, por ser um insumo essencial para a manutenção e ampliação dos negócios. As respostas indicam como o tema é estratégico para a indústria regional”, acrescentou.

Também participaram dessa apresentação o vice-diretor do Ciesp-Campinas, Valmir Caldana, e o diretor do Departamento de Comércio Exterior da entidade, Anselmo Riso.

A sondagem também apontou outros indicadores das associadas. Em relação aos indicadores específicos da Sondagem, o volume de produção ficou estável para 70% das associadas, em relação ao mês anterior. Já o faturamento diminuiu para 40% das empresas, ficou estável para 50% delas e aumentou para 10%. Toledo Corrêa explicou que ”esses números mostram que as inseguranças econômica, jurídica e política impedem o crescimento”.

O nível de inadimplência permaneceu inalterado para 80% das respondentes e o endividamento estável para 60% delas. O nível de utilização da capacidade instalada ficou em 10% das associadas (na faixa entre zero a 50% da capacidade), 30% (entre 50,1% e 70%) 40% (de 70,1% a 80%) e 20% (de 80,1% a 100%).

Durante a apresentação da Sondagem Industrial, o diretor do Departamento de Comércio Exterior do Ciesp-Campinas, Anselmo Riso, comentou os números da Balança Comercial Regional. Em abril de 2025 o valor exportado foi de US$ 300,9 milhões – 1,25% maior que em abril de 2024. Já as importações no mesmo mês foram de US$ 1,142 bilhão – 10,42% maior do que em abril do ano passado. O saldo em abril de 2025 foi negativo em US$ 841,9 milhões – 14,12% maior que o registrado em abril de 2024.

A corrente de comércio exterior regional (soma das exportações e importações) em abril de 2025 foi de US$ 1,443 bilhão – 8,38% maior que em abril de 2024.Em abril de 2025, os *principais municípios exportadores da Regional Campinas do Ciesp* foram, pela ordem: Campinas (30,27%), Paulínia (22,95%), Sumaré (16,05%), Mogi Guaçu (8,19%), Valinhos (4,99%) e Santo Antônio de Posse (4,89%).

Já os municípios que mais importaram foram: Paulínia (44,15%), Campinas (23,93%), Hortolândia (7,24%), Jaguariúna (6,42%) e Valinhos (6,07%). O percentual do município refere-se a sua participação em relação ao total da Regional no Balanço Mensal.

Os três principais destinos das exportações da indústria regional em abril de 2025 foram: Estados Unidos (US$ 55,87 milhões – 18,57%), Argentina (US$ 40,99 milhões –13,62%) e Países Baixos – Holanda – (US$ 20,53 milhões – 6,82%).

Os principais países de origem das importações para a região foram: China (US$ 267,25 milhões – 23,38%), Estados Unidos (US$ 177,65 milhões – 15,54%), Alemanha (US$ 96,50 milhões – 8,44%).

No acumulado do ano (janeiro – abril) , os principais destinos das exportações da indústria regional foram: Estados Unidos (US$ 224,71 milhões – 19,73%), Argentina (US$ 150,26 milhões – 13,19%) e Países Baixos – Holanda (US$ 59,36 milhões – 5,21%).

Os principais países de origem das importações para a região, no acumulado do ano foram: China (US$ 1,09 bilhão – 25,73%), Estados Unidos (US$ 683,81 milhões – 16,02%) e Índia (US$ 322,45 milhões – 7,56%).