Ministério do Esporte amplia projeto Semear, voltado para inclusão esportiva de pessoas com deficiência

‌O Ministério do Esporte lançou a ampliação do programa Semear, que prevê democratizar o acesso à prática esportiva para pessoas com deficiência em todas as idades. Para a ampliação do programa, o Ministério do Esporte traz novos eixos de atendimento e amplia o público assistido.

Além de democratizar o acesso ao esporte para pessoas com deficiência, o programa Semear busca criar ambientes para iniciação no paradesporto. Dentre os eixos do programa, o Semear Paradesporto é destinado a crianças a partir dos seis anos e jovens até 18 anos incompletos, enquanto que o eixo Semear para Toda a Vida também inclui crianças a partir de seis anos, mas foca no atendimento de adultos e idosos.

O Semear prevê a abertura de núcleos do programa em todo o país, para que mais pessoas com deficiência pratiquem esportes e, além de formar atletas, tenham qualidade de vida. Para isso, a implantação do programa Semear será feita por meio de parcerias entre a Secretaria Nacional de Paradesporto, Estados, Distrito Federal, municípios e entidades do terceiro setor. A meta do MEsp é implementar, até o final deste ano, pelo menos cinco núcleos do programa em todo o país, cada um atendendo pelo menos 50 beneficiários em atividades esportivas.
Os núcleos serão divididos em formação esportiva (incluindo atividades inclusivas, educativas, culturais e lúdicas) e iniciação à excelência esportiva, abrangendo serviços de vivência, fundamentação, aprendizagem paradesportiva e especialização esportiva, conforme a Lei Geral do Esporte (Lei 14.957/2023).

Com o objetivo de oferecer diversas modalidades esportivas ao público-alvo, os núcleos poderão desenvolver modalidades paralímpicas e outras modalidades do paradesporto, como o parasurf e o paraskate.

A iniciativa foi criada levando em conta que 18,6 milhões de brasileiros com dois anos ou mais são pessoas com deficiência, o que representa 8,9% da população nessa faixa etária. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Já uma pesquisa feita pelo Instituto de Pesquisa Inteligência Esportiva da Universidade Federal do Paraná (UFPR) revela que 75,38% dos municípios brasileiros não oferecem nenhum programa voltado à atividade esportiva para pessoas com deficiência.

Além disso, os dados da PNAD mostram que das 18,6 milhões de pessoas com deficiência no Brasil, mais da metade são mulheres, totalizando 10,7 milhões, o que representa 10% da população feminina do país. Para estimular o protagonismo feminino e ampliar a participação das mulheres no paradesporto, no mínimo 50% das vagas nos núcleos do Semear serão destinadas ao público feminino.