Índicesde educação básica no estado de SP apresenta queda, de acordo com Ideb

Os índices de educação no Brasil apresentaram um avanço,enquanto que o estado de São Paulo apresentou uma piora, é o que apontam os resultados do Ideb 2023 (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), divulgados nesta semana. De acordo com os dados apresentados pelo Ministério da Educação, a educação nos anos iniciais (1º ao 5º ano) em todo o Brasil passou de 5,8 em 2021 para 6,0 em 2023. Os anos finais (6º ao 9º ano) foi o único que teve uma piora, ainda que pouca, o índice foi de 5,1 para 5,0, enquanto que a educação no ensino médio seguiu a linha de melhora, passou de 4,2 para 4,3.

Dos estados brasileiros, a educação pública teve um aumento no Ideb nas redes de educação de Goiás, Espírito Santo, Paraná, Pernambuco e Piauí que atingiram ou ultrapassaram a meta estipulada. Já o Pará teve um resultado significativo, a educação no estado saltou da penúltima colocação entre os estados para o 6º melhor resultado em apenas dois anos. São Paulo, Rio Grande do Sul, Distrito Federal, Sergipe, Paraíba, Roraima e Rio de Janeiro não atingiram a meta e chegaram a registrar piora nos resultados.

No estado de São Paulo, os resultados não conseguiram alcançar o patamar de antes da pandemia, além de apresentarem piora entre 2021 e 2023. Nos resultados gerais, que avaliam a educação pública e privada, os resultados para os anos iniciais (1º ao 5º ano) são: 6,7 em 2019, 6,3 em 2021 e passando para 6,5 em 2023, Já nos anos finais do ensino fundamental (6º o 9º ano) os índices ficaram em 5,5 tanto em 2019 quanto em 2021, mas caíram para 5,4 em 2023. No ensino médio os resultados são: 4,6 em 2019, 4,7 em 2021 e 4,5 em 2023, chegando a ficar abaixo da média de antes da pandemia.

Se considerarmos os resultados apenas das escolas públicas, os resultados são piores. Tanto o ensino médio quanto nos anos finais tiveram uma queda de 0,2 nos índices. A educação do 6º ao 9º ano passou de 5,3 para 5,1, enquanto que Ideb do ensino médio caiu de 4,4 para 4,2. Os anos iniciais foram os únicos que tiveram uma significativa melhora, passando de 6,1 em 2021 para 6,2 em 2023.

Os resultados apresentados em todo o estado mostram a defasagem da educação estadual, além de reforçar a importância de ações para reverter a situação. De acordo com a Secretaria estadual de Educação, os projetos já lançados ao longo do ano são uma forma de recuperar o déficit acumulado ao longo da pandemia e que ainda reflete nas avaliações dos alunos da rede.

Na região de Campinas, a educação segue quase a mesma linha do resultado estadual. Apesar de alguns municípios da RMC apresentarem melhoras de 2021 para 2023, todos seguem abaixo dos índices registrados antes da pandemia. Valinhos tinha um Ideb de 6,5 em 2019, passou para 6,2 em 2021 e alcançou 6,4 em 2023. Em Hortolândia, os resultados de 2021 e 2023 são os mesmos que os de Valinhos, mas o Ideb em 2019 é o que mais chama a atenção: era de 7,0. Paulínia em Campinas não teve melhora e nem piora em 2021 e 2023, o resultado foi de 6,3 e 6,0 respectivamente.

Segundo o Ministério da Educação, o Ideb reúne, em um só indicador, os resultados de dois conceitos igualmente importantes para a qualidade da educação: o fluxo escolar e as médias de desempenho nas avaliações.

O índice é calculado a partir dos dados sobre aprovação escolar, obtidos no Censo Escolar, e das médias de desempenho no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb).