Censo do IBGE aponta que Brasil tem 14,4 milhões de pessoas com deficiência

Dados do Censo 2022, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgados nesta sexta-feira, 23, apontam que o Brasil tinha 14,4 milhões de pessoas com deficiência. O número representa 7,3% da população acima dos dois anos de idade. De acordo com os dados, os idosos com mais de 60 anos representam a maioria. Além disso, segundo o IBGE, em 2022, 8,3 milhões das pessoas com deficiência eram mulheres (8,1% da população feminina total) e 6,1 milhões eram homens (6,4% da população masculina).

Os dados revelam que 7,9 milhões de pessoas tinham dificuldades de enxergar; 5,2 milhões, para andar ou subir degraus; 2,7 milhões, para manusear objetos; e 2,6 milhões, para ouvir. Além disso, 1,4 milhão de entrevistados possuíam limitação mental que gerava dificuldades para a pessoa. O IBGE constatou ainda que 2% da população tinha duas ou mais deficiências

O Censo 2022 também mostrou que 2,4 milhões de pessoas declararam ter recebido diagnóstico de transtorno do espectro autista (TEA) por algum profissional de saúde. O número corresponde a 1,2% da população brasileira. A prevalência do autismo é maior entre os homens (1,5% da população). Entre as mulheres, o percentual é de 0,9%. Os homens com TEA somam 1,4 milhão, e as mulheres, 1 milhão.

Em uma análise aos dados do Censo, a prevalência de deficiência aumenta de acordo com a idade. Enquanto apenas 2,2% da população de 2 a 14 anos apresentavam algum tipo de deficiência, esse percentual sobe para 5,4% entre os adultos de 15 a 59 anos e atinge 27,5% entre as pessoas com 70 anos ou mais. Entre as pessoas do país com deficiência, 32,8% tinham de 60 a 79 anos, frente a 12,5% das pessoas sem deficiência. Na faixa de 80 anos ou mais de idade estavam 12,6% das pessoas com deficiência e apenas 1,5% das pessoas sem deficiência.

Dentre as regiões do país, o Sudeste concentra o maior número de pessoas com deficiência, com 5,6 milhões, seguido do Nordeste com 4,5 milhões, Sul (1,9 milhões), Norte (1,1 milhões) e Centro-Oeste (1 milhão). Dentre os estados, Alagoas e o Piauí tinham a maior proporção de pessoas com deficiência, 9,6 e 9,3%, respectivamente.