Campinas anunciou que vai criar um abrigo emergencial a fim de atender famílias vítimas de desastres, como deslizamentos de terra, enchentes e incêndios. De acordo com a Prefeitura, o abrigo funcionará a partir de 2025, com três mil metros quadrados de área total e capacidade para receber até 30 famílias.
Atualmente, pessoas vítimas de desastres são encaminhadas ao Samim, sendo que o novo abrigo funcionará como uma alternativa temporária enquanto os atingidos aguardam o auxílio-aluguel. “Trata-se de uma medida estratégica para reforçar a resposta a desastres e emergências no município, garantindo acolhimento adequado às famílias em momentos de crise”, afirmou Vandecleya Moro, secretária de Desenvolvimento e Assistência Social.
Além do anúncio da criação do abrigo, nesta semana a Prefeitura também assinou o decreto da Operação Chuvas de Verão 2024/2025, que define ações do Plano de Contingência de Proteção e Defesa Civil. De acordo com o texto, a Operação começa a partir deste domingo, 01, e segue até 31 de março dr 2025, sendo que pode ser antecipada ou prorrogada de acordo com as condições meteorológicas.
A Operação Chuvas de Verão reúne vários órgãos do poder público para atuar em situações de emergência e desastres ocasionados pelos temporais. A estratégia utilizada pela Defesa Civil do município, que coordena o Comitê Municipal de Gestão de Risco e Desastres, visa mobilizar várias áreas para o enfrentamento dos eventos climáticos durante o período mais chuvoso do ano.
As medidas incluem o acompanhamento de índices pluviométricos e previsão meteorológica, com envio de alertas à população e aos órgãos responsáveis, vistorias em área de risco e adoção de medidas antecipadas para reduzir riscos.
De acordo com o coordenador regional e diretor da Defesa Civil de Campinas, Sidnei Furtado, a Operação Chuvas de Verão é um importante instrumento de gestão para enfrentar o período mais chuvoso do ano. Furtado destacou que, neste ano, o fechamento dos parques e bosques da cidade, irá ocorrer de forma regionalizada, quando o volume de chuva ultrapassar 80 milímetros no acumulado de 72 horas. “Como ocorre habitualmente, a Defesa Civil encaminhará o boletim com o índice pluviométrico para a Secretaria de Serviços Públicos, e a pasta vai avaliar, de acordo com o índice de cada região, qual equipamento deverá ser fechado para acesso da população”, detalhou.
O documento também aponta as áreas de risco da cidade. Os setores de alto risco de movimento de massas e inundações são mapeados pelo Serviço Geológico do Brasil da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), empresa governamental vinculada ao Ministério de Minas e Energia. De acordo com o documento, as áreas de risco na cidade são: Vale das Garças – Vila Holândia; Jardim Santa Mônica, Jardim São Marcos e Jardim Campineiro; Jardim Ipaussurama; Jardim Rossin – Núcleo Princesa D´Oeste, Jardim Florence II; Jardim Florence I; Jardim Campina Grande, Satélite Íris; Sousas – Rua Quinze de Novembro “Beco do Mokarzel”; Jardim Novo Flamboyant “Buraco do Sapo”; Jardim Novo Flamboyant; Jardim Itatiaia – Jardim São Fernando – Jardim Baronesa; Jardim Andorinhas; Jardim Tamoio; Parque Oziel; Jardim Monte Cristo – Jardim do Lago I – Jardim das Bandeiras II; Jardim Irmãos Sigrist; Jardim Santo Antônio; Parque Universitário e Jardim Campos Elíseos.
