A Defesa Civil de Campinas informou que em menos de dois meses, a cidade já registrou 904 ocorrências devido às chuvas. De acordo com o boletim divulgado pela Defesa Civil, as ocorrências incluem de queda de árvores a alagamentos, sendo que a cidade entrou em estado de atenção 18 vezes pelo volume de chuva, e 20 vezes pelo registro de altas temperaturas. Os dados foram apresentados durante a primeira reunião do Comitê de Gestão de Risco e Desastres, que aconteceu na última quarta-feira, 15, sendo que o levantamento leva em conta apenas ocorrências durante a Operação Chuvas de Verão, que teve início no dia 01 de dezembro.
O coordenador regional e diretor do Departamento de Defesa Civil de Campinas, Sidnei Furtado, explicou que o mês de dezembro foi o mais crítico, com cinco dias seguidos de chuva que somaram um total equivalente a um mês inteiro. Além do mês de dezembro ter registrado um volume alto de chuvas, no mês a cidade também registrou altas temperaturas, com a marca de 35,5° como o dia mais quente. “O alto número de ocorrências registradas se materializou na necessidade de fazer alguns ajustes para aperfeiçoar o atendimento à população atingida. E, na reunião, ficou claro que, cada vez mais, as áreas envolvidas trazem propostas para melhorar o sistema de atenção. Ou seja, cada órgão reconhece sua importância dentro do contexto das ocorrências”, afirmou Furtado.
Durante a reunião, as diferentes pastas que compõem o comitê apontaram os itens necessários para ajustar e melhorar algumas ações. A Emdec citou a implantação de guard rail (muretas de proteção) em áreas pré determinadas; a Assistência Social passou a entregar kits de higiene pessoal e hipoclorito para a limpeza do imóvel. Houve ainda ampliação das equipes de Serviços Públicos, compondo uma série de melhorias nas ações de diferentes órgãos dentro de uma visão sistêmica para o atendimento.
Ao afirmar que o trabalho é incessante, sempre com novas demandas, o diretor comemorou os avanços do desempenho diário. Como exemplo, mencionou a implantação do alerta Cell Broadcast, o alerta por celular para pessoas inscritas no serviço, e a preparação do Formulário de Informações do Desastre (Fide).
O diretor lembrou que em 2016, quando ocorreu a micro-explosão, o alerta chegou 50 minutos depois. “Então, para nós, isso sempre foi uma luta incessante. Precisamos que a informação chegue antes da ocorrência. Por isso comemoramos o Cell Broadcast. É um grande benefício para toda a sociedade”, declarou.
Ao receber um alerta, se a pessoa estiver em um local seguro, deve permanecer onde está. Mas se estiver numa via pública sujeita a alagamento, ao ser avisada precisa procurar uma área em que estará em segurança até o perigo passar.
A tecnologia Cell Broadcast permite o envio rápido e abrangente de mensagens diretamente aos celulares da população, sem a necessidade de internet ou aplicativos específicos. O principal objetivo é informar a população sobre o risco iminente, garantindo tempo para adoção de medidas preventivas e redução de possíveis danos. Além disso, o sistema contribui para o alinhamento entre a Defesa Civil, autoridades locais e a comunidade, promovendo uma resposta rápida e coordenada.
Sobre o preenchimento do formulário, o diretor diz ser importante para que as áreas se familiarizem com o modelo, e, numa possível situação de decretação de emergência, não haja dúvidas.




