Amcham levará à COP mais de R$ 31 bilhões em projetos ambientais de empresas no Brasil

A Amcham Brasil levará para a COP28, no final deste ano, em Dubai, um portfólio expressivo de projetos empresariais de preservação ambiental. O movimento, liderado pela Amcham Brasil, busca mapear as principais iniciativas ambientais privadas no País com o objetivo de manifestar o compromisso empresarial nessa agenda e reforçar o interesse na qualidade e consistência das políticas públicas sobre meio ambiente. Em 2023, o BPMA já reúne 183 iniciativas, promovidas por 111 empresas, que mobilizam investimentos de mais de R$ 31,3 bilhões, que serão apresentadas na COP. Das 111 empresas, cinco são da região de Campinas: Bosch, Aeroportos Brasil Viracopos, Eaton, CPFL e Tetra Pak, com diversas iniciativas.

“O setor empresarial é um parceiro central do poder público para a preservação do meio ambiente e para o cumprimento das metas de redução de emissões pelo Brasil. Os números do BPMA 2023 confirmam o engajamento empresarial por meio de ações concretas, amplas e de elevado impacto ambiental, social e econômico”, avaliou Abrão Neto, CEO da Amcham Brasil.

Em seu conjunto, os resultados dos projetos mapeados pela Amcham equivalem a: Tratamento de 17 toneladas de resíduos; Preservação e reflorestamento de 5 milhões de hectares; Redução de emissões de 259 toneladas de CO2 e Geração ou otimização de 7.735 GWh de energia limpa.

Os projetos trazidos pelas empresas seguem os Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis (ODS) da ONU, que são os grandes balizadores mundiais de ações em prol da proteção ambiental. Segundo as empresas, os principais ODS que os projetos atendem são: Consumo e produção sustentáveis; Ação contra a mudança do clima; e Cidades e comunidades sustentáveis.

Entre os compromissos e acordos internacionais que estão guiando as ações e prioridades ambientais das empresas estão: o Acordo de Paris, segundo 47% dos participantes; a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima, em 38%; e a Convenção sobre Biodiversidade, com 9% e o Protocolo de Montreal para 4%. No ambiente interno, são mencionadas as seguintes políticas como orientadoras dos projetos: Política Nacional de Resíduos Sólidos (34%); Código Florestal (18%), Plano de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono – Plano ABC (13%), Estratégia Nacional para Redução de Emissões (12%). Outros importantes programas citados pelas empresas são o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm) e a Política Nacional de Biocombustíveis (Renovabio).

“Há uma relação importante entre a existência de políticas públicas sobre meio ambiente e as ações empresariais. Por isso, o avanço de iniciativas como a criação do mercado de carbono, a regulamentação da captura de carbono e outros marcos regulatórios em energias limpas podem multiplicar as ações empresariais, com geração de ganhos econômicos e sociais”, explica Abrão Neto. Todas as propostas estão disponíveis na plataforma do Brasil Pelo Meio Ambiente (BPMA 2023), no portal brasilpelomeioambiente.com.br.