Governo estadual apresenta projeto e divisão de leitos para Hospital Metropolitano na RMC

O Governo do Estado de São Paulo apresentou o projeto técnico e a divisão das vagas do Hospital Metropolitano para o Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Campinas (RMC) nesta quarta-feira, 23. De acordo com o projeto apresentado, o Hospital Metropolitano terá capacidade para 400 leitos e será construído em Campinas.

A intenção é que a unidade atue em gargalos históricos na saúde pública de alta e média complexidade, como filas, atrasos e sobrecargas de exames, internações, consultas e procedimentos.

O novo hospital estadual será instalado na Avenida Prefeito Faria Lima, em uma área próxima ao Hospital Municipal Doutor Mário Gatti e o Ambulatório de Especialidades Médicas (AME).

O foco do Hospital Metropolitano, segundo o governo, será atender a demanda da Região Metropolitana de Campinas e o Circuito das Águas, além de municípios das regiões de Bragança Paulista e Jundiaí, totalizando 42 municípios do Estado de São Paulo nos quais a população poderá ter a unidade como referência.

A secretária executiva de Saúde do Estado de São Paulo, Priscilla Perdicaris, afirmou que a ideia é que o hospital esteja em funcionamento em dois anos. “A ideia é que a gente tenha essa unidade funcionando em 24 meses. Nós já estamos trabalhando no planejamento fino desse projeto, no projeto executivo, e a ideia é licitar já nesse segundo semestre”, afirmou a secretária.

A reunião do Conselho de Desenvolvimento da RMC junto ao governo estadual foi conduzida pelo prefeito de Campinas e presidente do Conselho, Dário Saadi, que destacou a importância do hospital estadual para a região. “É importante a divisão de leitos porque realmente atende às necessidades mais urgentes. Um dos objetivos é reduzir a fila de especialidades, um dos principais gargalos que a RMC tem, e será um hospital de resolutividade para enfrentar filas na média e alta complexidade”, explicou Dário. A construção do Hospital Metropolitano foi anunciada pelo governador Tarcísio de Freitas em reunião extraordinária do conselho, em Campinas, no mês de junho.

De acordo com o projeto, os leitos devem ser separados da seguinte forma: clínica médica com 150 leitos adulto, 6 leitos para portadores de obesidade, 6 leitos de isolamento e 20 leitos de saúde mental; clínica cirúrgica com 100 leitos adulto, 6 leitos para portadores de obesidade e 6 leitos de isolamento, além de centro cirúrgico com oito salas de grande porte e capacidade para cirurgias cardíacas, oncológicas, ortopédicas, neurológicas e bariátricas; terapia intensiva com 47 leitos de UTI adulto, 3 leitos de UTI para portadores de obesidade e 10 leitos de UTI pediátrica; Hospital Dia com 18 leitos adulto, 2 leitos para portadores de obesidade, 3 salas de procedimentos e 3 salas de endoscopia; ambulatório com 18 consultórios médicos, 1 sala de curativo, 1 consultório odontológico e área física para reabilitação pós-cirúrgica de cardiologia, neurologia, ortopedia, obesidade e oncologia; SADT (Serviço de Apoio Diagnóstico Terapêutico) com áreas para análises clínicas, Anatomopatológicos, diagnóstico por imagem: raio x, ressonância magnética, tomografias computadorizadas, ultrassonografias, endoscopia e métodos gráficos e dinâmicos; radioterapia com 2 aceleradores lineares de fótons e elétrons, 1 tomografia com simulação para radioterapia e 1 braquiterapia; quimioterapia com 20 poltronas e 4 leitos hospitalares; Oncologia – Pronto Atendimento com 5 consultórios médicos, 1 sala de curativo, 1 sala de pequenos procedimentos, 2 leitos de isolamento, 2 salas de observação com 8 leitos feminino, 2 salas de observação com 8 leitos masculino, 1 sala de atendimentos a pacientes críticos com 2 leitos, 1 sala de inalação e 1 sala de coleta de sangue; demais patologias – Pronto Atendimento com 3 consultórios médicos, 1 sala de curativo, 1 sala de gesso, 2 leitos de isolamento, 1 sala de observação com 4 leitos feminino, 1 sala de observação com 4 leitos masculino, 1 sala de atendimento a pacientes críticos com 2 leitos, 1 sala de inalação, 1 sala de coleta de sangue e 1 sala de medicação.

Enquanto a unidade não supre a demanda da região, Priscilla Perdicaris afirmou que o governo realiza um chamamento público para 4 mil procedimentos, entre cirurgias, consultas e exames, para ampliar o atendimento por meio de convênios particulares.

“A formatação desse hospital vem para enfrentar as filas que a gente tem principalmente em cirurgias. A previsão é quas 50 leitos de UTI adulto. Isso é muito bom, porque a gente tem um gargalo hoje no Hospital Mário Gatti, porque quem vem politraumatizado por algum acidente na madrugada, acaba ocupado esse leito e falta para quem vai fazer uma cirurgia”, disse o prefeito de Campinas, Dário Saadi.

Durante a reunião, Dário também voltou a enfatizar a importância da Saúde Digital como aliada na ampliação e qualificação da assistência em saúde. Presidente do Consórcio Conectar, ele lembrou da disponibilidade de 906 mil horas de atendimentos por oito empresas de serviços médicos credenciadas pela iniciativa ligada à Frente Nacional de Prefeitas e Prefeitos (FNP). O objetivo é permitir aos municípios a implantação ou expansão da saúde digital com especialistas de todo país.

Na prática, o total de horas previstas pelas empresas deve permitir até 3,6 milhões de teleconsultas com profissionais generalistas e de mais 30 especialidades que serão ofertadas em todos os períodos do dia, conforme interesse de cada município.