
Campinas registrou a primeira morte por febre amarela na cidade em 2025. A informação foi confirmada pela Secretaria de Saúde nesta quinta-feira, 06. De acordo com a informação, o óbito confirmado se refere a um morador de 39 anos que residia na região rural do distrito de Sousas, sendo que era o único caso desde janeiro na cidade de Campinas. Além disso, as informações da Secretaria de Saúde afirmaram que o homem não era vacinado contra a febre amarela.
Em Campinas, o último caso humano de febre amarela silvestre contraída tinha sido registrado em 2017, também na zona rural de Sousas, mas com evolução para cura. Já a febre amarela urbana teve o último caso no Brasil em 1942.
A forma da doença que ocorre no Brasil é a febre amarela silvestre, transmitida pelos mosquitos Haemagogus e o Sabethes, em regiões fora dos centros urbanos. É uma doença grave, que se caracteriza por febre repentina, calafrios, dor de cabeça, náuseas e leva a sangramentos no fígado, no cérebro e nos rins, podendo, em muitos casos, causar a morte.
Nas últimas semanas, o governo de São Paulo tem alertado e intensificado a vacinação contra a febre amarela em todo o estado, devido ao aumento de casos da doença e após ter encontrado macacos mortos e infectados com febre amarela em diferentes regiões do estado, inclusive um em Campinas.
Campinas não registrava casos positivos da doença em macacos desde 2019. Estes animais não são transmissores, mas, sim, vítimas da doença. A presença de primatas doentes serve como “alerta” aos órgãos da saúde sobre a circulação do vírus, uma vez que quando contaminados eles dificilmente sobrevivem.
Desde o caso, a saúde de Campinas tem intensificado a vacinação contra a febre amarela, com foco principal em regiões rurais e de mata.
A orientação do Programa de Imunização é para que todos os moradores de Campinas, a partir de 9 meses, que ainda não receberam a dose, compareçam aos CSs para aplicação. Vale destacar, porém, que a vacinação é seletiva, ou seja, as pessoas a partir de 5 anos que já tomaram uma dose ao longo da vida não precisam receber outra.
Prevenção em cidades próximas
Em cidades próximas e que fazem divisa com Campinas, a vacinação também tem sido intensificada por orientação do governo estadual e municipais. Em Valinhos por exemplo, a Secretaria de Saúde municipal deu início a vacinação casa a casa. De acordo com informações da cidade, até este sábado, 08 a ação será feita na região da rodovia Dom Pedro, nos bairros Lopes e Contendas, além dos condomínios Monte Acrópole e Nova suíça. Valinhos faz parte do chamado município ampliado, ou seja, faz divisa com outras cidades em que foram encontradas evidências de transmissão da doença. Além da vacinação casa a casa, Valinhos também ampliou o horário de funcionamento das unidades básicas de saúde (UBS) a fim de ampliar a imunização.

