O Brasil foi eleito como o melhor país para o turismo de aventura no mundo, de acordo com o portal US News & World Report, produzido em parceria com a Wharton School da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos. A lista foi baseada em uma pesquisa com quase 17 mil pessoas pelo mundo.
Na lista deste ano, 89 países foram listados pelos entrevistados e avaliados em 10 subcategorias: qualidade de vida, mudanças climáticas, negócios, influência cultural, aventura, agilidade, poder, empreendedorismo, herança e propósito social. O Brasil aparece como principal destino de aventura do mundo, à frente de países como Itália, Grécia, Espanha e Tailândia, respectivamente.
De acordo com o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, o reconhecimento do Brasil como referência em turismo de aventura faz parte do projeto de reconstrução do país. “Esse é mais um exemplo de que o Brasil voltou. Somos reconhecidos internacionalmente como o país mais desejado para praticar o turismo de aventura. E, em todas as iniciativas da Embratur, reforçamos que o turismo de aventura no Brasil dialoga com outros segmentos, que transformam o turismo enquanto atividade econômica sustentável. Além disso, somos referência em relação à segurança na prática do turismo de aventura”, afirmou Freixo.
Atualmente, o Brasil possui 44 normas técnicas (ABNT) vigentes e disponíveis no turismo de aventura, sendo 19 internacionais . O país tem ainda 20 empresas com certificação internacional ISO no Turismo de Aventura. Além disso, cinco normas internacionais ISO de Turismo de Aventura são baseadas nas ABNTs.
No ano passado, a Embratur assinou dois Acordos de Cooperação Técnica (ACTs): um com a Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (Abeta), com a intenção de promover e fortalecer o turismo de aventura e o ecoturismo brasileiro no mercado internacional, e o outro com o Coletivo Muda!, que prevê a promoção de produtos e experiências brasileiras de turismo responsável no mercado internacional.
Top-15
Além de liderar a subcategoria de Turismo de Aventura, o Brasil aparece bem posicionado em outras três categorias: 11º em influência cultural (moda e entretenimento); 12º Mudanças (países com economias de alto potencial); e 12º Herança (valoriza a história rica em cultura e geografia).
Movimentação turística
De acordo com dados do módulo de Turismo da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em parceria com o Ministério do Turismo, 20,4 milhões de brasileiros viajaram para destinos nacionais só em 2023. Só este número trouxe uma contribuição de R$ 20 bilhões na economia do país. De acordo com o levantamento, 97% dos destinos escolhidos foram nacionais.
Em relação ao número de viagens, houve um aumento de 71,5% na comparação com 2021 (12,3 milhões). Elas foram responsáveis pela movimentação de R$ 20 bilhões e representam um crescimento de 78,6% também em relação a 2021, quando o turismo doméstico foi responsável por injetar R$ 11,3 bilhões no país.
Motivação
A maior parte das viagens foi motivada por questões pessoais (85,7%), sendo o lazer a principal razão (38,7%), seguido por visita ou evento de familiares e amigos (33,1%).
Entre as pessoas que viajaram por motivos profissionais (14,3%), a maioria – 82,4% – se deslocou a negócios ou a trabalho. Para 11,6% a decisão teve como objetivo a participação em eventos e cursos de desenvolvimento profissional.
Vale destacar que entre os que buscaram lazer em 2023, quase metade (46,2%) buscou destinos de sol e praia, enquanto 22% procuraram natureza, ecoturismo ou aventura. A surpresa ficou por conta do segmento cultura e gastronomia, que registrou a preferência de 21,5% dos viajantes, um aumento em relação a 2021, quando foi a escolha de 16% dos turistas.
O estado Rio de Janeiro foi de onde partiram a maioria das viagens de lazer (55,1%). Na sequência, o Distrito Federal, com 54%; São Paulo, com 48%, e Santa Catarina, com 45%. Na região Nordeste, Pernambuco assume a primeira posição das viagens realizadas pelos moradores, com 40,2%, e no Norte do país, Roraima, com 41,6%.
Gastos
A hospedagem é responsável pela maior parte do investimento do viajante, com um valor médio de R$ 1.563, seguida de alimentação, com R$ 621; transportes, com R$ 544, e compras com R$ 523.
Os que partiram do Nordeste tiveram o menor gasto: R$ 1.170. No entanto, quando o destino era algum estado da região, foram registradas as maiores cifras, com uma média de R$ 2.321.



