Pelo menos 18 escolas estaduais da Região de Campinas demonstraram interesse em aderir o modelo de ensino cívico-militar, proposto pelo governo Tarcísio. A lista com as escolas interessadas em receber o modelo de ensino foi divulgada na última semana, no Diário Oficial. Na mesma semana, a Seduc abriu a consulta pública para a comunidade escolar se manifestar a favor ou contra a implantação do modelo de ensino cívico-militar.
Da lista das 18 escolas da região, sete são de Campinas (Professor Aníbal de Freitas, Orozimbo Maia, Jornalista Roberto Marinho, Reverendo Eliseu Narciso, Professor Messias Gonçalves Teixeira, Professora Maria de Lourdes Campos Freire Marques e Júlio Mesquita). Em hortolândia, duas escolas demonstraram interesse (Yasuo Sasaki e Professora Conceição Aparecida Terza Gomes Cardinales), duas de Paulínia também mostraram interesse (Doutor Francisco de Araújo Mascarenhas e Professora Adélia Cristina Borgato Gryszczenko), além de duas escolas de Sumaré (Professora Maria Ivone Martins Rosa e Marinalva Gimenes Colossal da Cunha). Escolas de Mogi Mirim (São Judas Tadeu e Professora Altair de Fátima Furigo Polettini), Mogi Guaçu (Padre Armani e Roberto Antonialli) e de Itapira (Benedito Flores de Azevedo) também aderiram.
Em todo o estado de São Paulo, 302 escolas demonstraram interesse no modelo, sendo que a previsão é de que a escola cívico-militar seja implantada em 45 unidades em 2025. Para a seleção das escolas a receberem o modelo, além da consulta pública que a comunidade escolar (pais, responsáveis, alunos e professores) pode manifestar sua opinião sobre o assunto, as escolas devem obedecer alguns pré-requisitos como: aprovação da comunidade escolar; índice de vulnerabilidade social; índices de fluxo escolar; e índices de rendimento escolar. Para a comunidade escolar das escolas listadas na região que desejam manifestar sua opinião, a consulta pública vai do dia 1 a 15 de agosto, pelo site da Secretaria Escolar Digital (SED). A lista das escolas selecionadas para o modelo deve ser divulgada no dia 30 de agosto.
De acordo com o Governo de São Paulo, o modelo de ensino cívico-militar não vai afetar o processo de aprendizagem, já que o ensino seguirá sob responsabilidade dos profissionais de educação efetivos e contratados pela Secretaria de Educação. O modelo proposto coloca os militares como responsáveis pela disciplina dos alunos, com valores semelhantes ao das organizações militares.
Além disso, de acordo com o projeto de lei, as atividades extracurriculares desses colégios serão de responsabilidade dos militares e serão formuladas pela colaboração da Secretaria da Educação (Seduc) com a Secretaria da Segurança Pública (SSP) seguindo as seguintes diretrizes: “valores cidadãos, como civismo, dedicação, excelência, honestidade e respeito” e “habilidades que preparem o aluno para o exercício consciente da cidadania”.



